Após vistoria, Shopping Higienópolis não comprova se tem quantidade de vagas exigidas pela Prefeitura
sexta-feira, 15 de junho de 2012Após a vistoria realizada na manhã desta quinta-feira (15) pela as secretarias de Transportes e de Coordenação das Subprefeituras, o shopping Pátio Higienópolis, na região central de São Paulo, não apresentou documentos que comprovam se o estabelecimento tem as quantidades de vagas exigidas pela Prefeitura de São Paulo.
De acordo com a Secretaria de Subprefeituras, por volta das 15h40, o shopping não havia entregado a documentação. O prazo se encerra às 16h desta sexta-feira.
Questionada pela reportagem, a assessoria de imprensa da coordenação não informou a quantidade de vagas exigidas pela administração municipal e quantas efetivamente existem no estabelecimento.
A fiscalização tem o objeto de averiguar as denúncias feitas pelo jornal Folha de São Paulo, segundo as quais o centro de compras teria pago R$133 mil de propina para Hussain Aref Saab, então diretor do Aprov (departamento responsável por aprovar empreendimentos imobiliários na cidade), para funcionar.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Shopping Higienópolis não quis se pronunciar até a publicação desta notícia.
Busca e apreensão
Na manhã desta quinta-feira (14), policiais civis do DPPC (Departamento de Proteção à Cidadania) e promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime), realizaram mandados de busca e apreensão na casa e em escritórios do ex-funcionário do Aprov.
Saab, de 67 anos, foi diretor do departamento durante sete anos da gestão do prefeito Gilberto Kassab. Ele é acusado pelo Ministério Público de adquirir 106 imóveis no período em que esteve na diretoria. Ainda de acordo com o MP, Aref Saab tinha renda mensal declarada de R$ 20 mil, mas, desde 2005, acumulou um patrimônio que passa dos R$ 50 milhões. Ele deixou o cargo em abril deste ano.
Fonte: R7